México: economía, ciudades y pandemia: lecturas desde la geografía

Abstract

Existe uma relação estreita entre a pandemia e a urbanização. O coronavírus expôs as vulnerabilidades sociais, econômicas e de infraestruturas das pessoas que vivem e fazem a sua vida quotidiana nas ciudades e comunidades rurais. Um olhar na perspectiva geográfica ajuda-nos a reconhecer que os efeitos ocorrem em diferentes escalas e que a desigualdade tem claras dimensões espaciais: a incidência é muito elevada em alguns lugares, enquanto outros parecem estar mais protegidos. No caso das cidades, a elevada densidade populacional, o contacto próximo entre as pessoas, os elevados níveis de mobilidade e os meios de transporte partilhados, entre outras características, tendem a fazer deles o foco dos surtos e da reprodução da doença. No entanto, os problemas críticos de desigualdade e assimetrias entre as formas de assimilar as nossas relações com os espaços vivos já estavam presentes antes desta crise. Portanto, é imperativo aceitar que não se trata simplesmente de recuperar o tipo anterior de crescimento econômico, responsável por incorporar muitos dos componentes que explicam as origens destas pandemias, ao contrario, esta crise deve ser aproveitada para iniciar um processo de mudança substancial que visa modificar um modelo que gera crescimento com desigualdade, para outro que se concentra no desenvolvimento das pessoas e comunidades.