A crise global provocada pela destruição dos ecossistemas naturais e as mudanças climáticas causam a disfunção de aspectos essenciais para a vida na terra, ameaçando o bem-estar dos seres humanos. Em vista disso, a sociedade deverá rever seus paradigmas diante desta nova realidade. A restauração ecológica e a ecologia da restauração podem ser consideradas um grande passo para este cambio, apesar de seu atual significado ser insuficiente para superar todos os problemas socioecológicos que enfrentamos com o planeta. Primeiramente, devemos considerar para quem especificamente estamos restaurando, já que as populações que mais sofrem com a degradação são as mais pobres e marginadas que vivem em áreas rurais, como indígenas e os pequenos proprietários rurais. Também devemos considerar para que restauramos. A resposta óbvia seria para recuperar ecossistemas, mas se somente recuperamos um ecossistema, sem recuperar a relação dos seres humanos com a natureza, sem conhecer as verdadeiras causas que levaram a degradação, não estaremos garantindo que este ecossistema permanecerá intacto no futuro. Um passo importante para isto é fazer com que todos os atores envolvidos no processo participem da realização do projeto de restauração, para que possa surgir um processo de aprendizagem social. Também é importante considerar as limitações sociais para o estabelecimento do projeto. Portanto, é crucial que nesta década da restauração das Nações Unidas (2021-2030), um objetivo fundamental da restauração ecológica seja encontrar sua alma e identidade a partir de valores humanos.
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Ceccon, E. (2023). A importância e as limitações da participação social na restauração ecológica. En: Ladwig, Nilzo Ivo y Sutil, Thaise (Org.). Planejamento e gestão territorial (pp. 21-39). Pedro & João Editores